Tempos pornográficos

RIDÍCULA
2 min readFeb 22, 2021

Nada mais brochante que política em forma de romance Sabrina

com ideia de Victor Negreiro

Ele tirou a blusa dela. Sob o sutiã, já podia ver os mamilos rijos. Deixou as mãos abocanharem os seios, deslizou-as para o fecho do sutiã. Mais uma peça de roupa no chão. Tinha vontade de dizer coisas sujas, muito sujas. Entre sugadas e lambidas, saiu de repente:

— Começou a mamata.

A moça arquejou. Já tinha sido xingada na cama, incitada a roçar isto naquilo e aquilo nisto, já tinha sido açulada como uma égua de corrida e ouvido bobagens queridas ao pé do ouvido, enquanto um membro intumescido ia e vinha. Mas isso nunca. Isso era novo. Deslizou a mão pelo abdômen dele até encontrar o pau em riste, quase furando a cueca. Tirou a calcinha e decidiu entrar na brincadeira.

— Nossa, subiu mais que o dólar.

O pau era grosso e enrugado como o presidente, mas provavelmente governaria melhor. Ele penetrou-a com um grunhido.

— Vai, me fode. Me fode muito. Acaba com a minha previdência.

Ele lambia o pescoço dela e tentava não explodir. Política, melhor pensar em política. Murmurou no ouvidinho:

— Você é uma obra superfaturada? porque eu vou injetar milhões em você.

Gozou antes de terminar a frase. O pau murchou como o PIB brasileiro. Essa coisa de pensar em política já não funcionava tão bem quanto deveria. Se jogou no colchão para recuperar o fôlego, fechou os olhos. Quando abriu, a buceta molhada pairava acima da sua cabeça.

— Deixa eu ser seu Queiroz. Me chama de laranja e me chupa.

O suco escorria abundante como o dinheiro caindo nas contas de filhas solteiras de militares. Ele voltou a se animar e posicionou a moça de quatro na cama.

— Conhece a posição povo brasileiro?

— Quê? Ah, já sei. Vou levar no cu.

--

--

RIDÍCULA

Nathalie Lourenço, publicitária e ridícula de nascença. Autora dos Livros Morri por Educação e Sabor Idêntico ao Natural. https://linktr.ee/natlourenco